Indústrias do Paraná concedem férias coletivas após tarifas impostas pelos EUA
Os trabalhadores dos setores diretamente ligados à produção para exportação iniciaram o recesso no dia 14 de julho, por um período inicial de 15 dias.
Por: Luan Peretti
22 de julho de 2025
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Duas grandes indústrias madeireiras do Paraná, Millpar e BrasPine, anunciaram férias coletivas para mais de 1,3 mil trabalhadores em resposta à nova tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump no dia 9 de julho, já está provocando impactos diretos no setor florestal, um dos pilares da economia paranaense.

A Millpar, fabricante de molduras, rodapés, painéis e componentes de madeira, concedeu férias coletivas a 640 colaboradores da unidade de Guarapuava, o que representa 57,7% da força de trabalho da empresa. Os trabalhadores dos setores diretamente ligados à produção para exportação iniciaram o recesso no dia 14 de julho, por um período inicial de 15 dias.

A empresa não descarta estender a medida para outras áreas, caso o cenário internacional não apresente melhora. A assessoria de imprensa da Millpar destacou que as decisões fazem parte de uma estratégia de proteção ao negócio, diante das incertezas causadas pelo tarifaço. Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da Millpar, o que torna o impacto imediato.

Segundo o CEO Ettore Giacomet Basile, a gestão da empresa está sendo guiada por dados concretos, visão de longo prazo e foco na sustentabilidade. “Setores administrativos seguem operando normalmente, assegurando a continuidade das atividades e o suporte a clientes e parceiros”, afirmou o executivo.

A Millpar possui cerca de 1.109 funcionários distribuídos entre as unidades de Guarapuava e Quedas do Iguaçu.

A BrasPine, sediada em Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná, também adotou medidas emergenciais diante da nova tarifa imposta pelos Estados Unidos. A empresa, especializada na produção de molduras de madeira (mouldings), pellets e produtos florestais, anunciou férias coletivas para 700 colaboradores, o que representa 28% de seu quadro funcional.

Os funcionários serão divididos em duas turmas: a primeira sairá de férias em 28 de julho por 30 dias, e a segunda entrará em recesso após o retorno do primeiro grupo. A maior parte da produção de molduras é destinada ao mercado americano, diretamente afetado pela nova política tarifária.

Fonte: (assessoria)
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