O Brasil deve colher, neste ano, quase 265 milhões de toneladas de grãos, um novo recorde. Balanço da Conab aponta alta de três por cento, ou cerca de oito milhões de toneladas, na comparação com o ciclo anterior. Parte desse avanço é consequência do aumento da área plantada, que deve passar de 67 milhões de hectares. Porém, como esse número representa alta de apenas 1,6 por cento, na comparação com 2020, dá pra dizer o crescimento da safra atual será puxado, também, por um melhor rendimento das lavouras.
A má notícia é que a seca ainda preocupa. Em dezembro, a Conab projetou que a safra 2021 seria de quase 266 milhões de toneladas, um milhão maior que a previsão feita agora. Essa queda se deve, principalmente, à atualização dos números da soja, cujo plantio atrasou, por conta da falta de chuva. No mês passado, o órgão dizia que a safra do grão seria de 134 milhões e meio de toneladas. Agora, fala em uma colheita menor, de 133 milhões e 700 mil toneladas. Ainda assim, são nove milhões a mais que em 2020. E a produção nacional de soja deve bater um novo recorde.
Por fim, no caso do segundo grão mais cultivado no País, o milho, também houve mudança nos números, porém o impacto foi menor. A colheita total deve ficar em torno de 102 milhões e 300 mil toneladas, entre 200 e 300 mil toneladas a menos que em 2020 e que na projeção de dezembro. A Conab explica que o clima ruim, principalmente na região Sul, vai provocar uma quebra de sete por cento na primeira safra. Porém, diz que a segunda safra desde ano será maior que a do ano passado.
